sábado, 23 de abril de 2016

BENJAMIN FRANKLIN DO PONTO DE VISTA RELIGIOSO

Benjamin Franklin


Nasceu em Boston em 17 de janeiro de 1706 e faleceu na Filadélfia em 17 de abril de 1790 aos 84 anos de idade. 

Religioso: Calvinista, e uma figura representativa do iluminismo. Correspondeu-se com membros da sociedade lunar e foi eleito membro da Royal Society.

O Calvinismo (também chamado de Tradição Reformada, Fé Reformada ou Teologia Reformada) é tanto um movimento religioso protestante quanto um sistema teológico bíblico com raízes na Reforma iniciada por João Calvino em Genebra no século XVI. A tradição Reformada foi desenvolvida, ainda, por diversos outros teólogos como Martin Bucer, Heinrich Bullinger,Pietro Martire Vermigli e Ulrico Zuínglio. Apesar disso, a fé Reformada costuma levar o nome de Calvino, por ter sido ele seu grande expoente. Atualmente, o termo também se refere às doutrinas e práticas das Igrejas Reformadas . O sistema costuma ser sumarizado através dos cinco pontos do calvinismo.
O calvinismo marca a segunda fase da Reforma Protestante, quando as igrejas protestantes começaram a se formar, na seqüência da excomunhão de Martinho Lutero da Igreja Católica romana. Neste sentido, o calvinismo foi originalmente um movimento luterano. O próprio Calvino assinou a confissão luterana de Augsburg de 1540. Por outro lado, a influência de Calvino começou a fazer sentir-se na reforma Suíça, que não foi Luterana, tendo seguido a orientação conferida por Ulrico Zuínglio. Tornou-se evidente que a doutrina das igrejas reformadas tomava uma direção independente da de Lutero, graças à influência de numerosos escritores e reformadores, entre os quais João Calvino era o mais eminente, tendo por isso esta doutrina tomado o nome de calvinismo.
Uma vez que tem múltiplos fundadores, o nome "calvinismo" induz ligeiramente ao equívoco, ao pressupor que todas as doutrinas das igrejas calvinistas se revejam nos escritos de João Calvino.
O nome aplica-se geralmente às doutrinas protestantes, que não são luteranas, e que têm uma base comum nos conceitos calvinistas, sendo normalmente ligadas a igrejas nacionais de países protestantes, conhecidas como igrejas reformadas, ou a movimentos minoritários de reforma protestante.
O acróstico TULIP em inglês coincide com a palavra tulipa, por este motivo, frequentemente a flor referida é utilizada como símbolo do Calvinismo.
Os Cinco Pontos do Calvinismo, (conhecidos pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês) são uma síntese dos cânones teológicos definidos no Sínodo de Dordrecht, no âmbito da disputa entre calvinistas e arminianos acerca das doutrinas da Graça e da Predestinação. Eles refletem a soteriologia típica do movimento calvinista, interpretando a natureza da graça de Deus na salvação da criatura humana. Seu eixo é a afirmação de que Deus é perfeitamente capaz de salvar cada pessoa que Ele tenha a intenção de tornar objeto de sua graça salvadora e que seu trabalho não pode ser frustrado por algo ou alguém que fique no caminho, na tentativa de impedir sua conclusão.

Em Inglês
Tradução Livre
T - Total Depravity
Depravação Total
U - Unconditional Election
Eleição Incondicional
L - Limited Atonement
Expiação Limitada
I - Irresistible Grace
Graça Irresistível
P - Perseverance of the Saints
Perseverança dos Santos
·        Depravação total - Graça Soberana Necessitada;
·        Eleição incondicional - Graça Soberana Específica;
·        Expiação limitada - Graça Soberana Meritória;
·        Vocação eficaz - Graça Soberana Eficaz.
·        Perseverança dos santos - Graça Soberana Perseverante
Os cinco pontos do Calvinismo ao contrário do que se deduz pelo senso comum não foram feitos por Calvino e sim a partir de uma contra-argumentação ao protesto que os seguidores de Jacobus Arminius (um professor de seminário holandês) apresentaram ao “Estado da Holanda” em Julho de 1610, um ano após a morte de seu líder. O protesto consistia de “cinco artigos de fé”, baseados nos ensinos de Armínio, e ficou conhecido na história como a “Remonstrance”, ou seja, “O Protesto”. O partido arminiano insistia que os símbolos oficiais de doutrina das Igrejas da Holanda, fizeram com que editassem a calvinaria.
(Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg) fossem mudados para se conformar com os pontos de vista doutrinários contidos no Protesto. As doutrinas às quais os arminianos fizeram objeção eram as relacionadas com a soberania divina, a inabilidade humana, a eleição incondicional ou predestinação, a redenção particular (ou expiação limitada), a graça irresistível (chamada eficaz) e a perseverança dos santos. Essas são doutrinas ensinadas nesses símbolos da Igreja Holandesa, e os arminianos queriam que elas fossem revistas.
Esses Cinco Pontos são:

Depravação total do homem 
Também chamada de "depravação radical", "corrupção total" e "incapacidade total". Indica que toda criatura humana, em sua condição atual, ou seja, após a queda, é caracterizada pelo pecado, que a corrompe e contamina, incluindo a mente. Por isso, afirma-se que ninguém é capaz de realizar o que é verdadeiramente bom aos olhos de Deus. Em contrapartida, o ser humano é escravo do pecado, por natureza hostil e rebelde para com Deus, espiritualmente cego para a verdade, incapaz de salvar a si mesmo ou até mesmo de se preparar para a salvação. Só a intervenção direta de Deus pode mudar esta situação.
A depravação total é uma doutrina teológica derivada do conceito agostiniano de pecado original. Segundo esta doutrina, o homem não regenerado é absolutamente escravo do pecado. Em virtude disto, ele é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente para salvar-se. Assim, no que diz respeito à salvação, este homem depende da obra de Deus, que deve vivificá-lo a fim de que este possa ser salvo.
É amplamente defendida por várias correntes teológicas, entre elas o arminianismo , calvinismo, luteranismo e metodismo.

Eleição incondicional
Eleição significa "escolha". É a escolha feita por Deus desde toda a eternidade, daqueles a quem ele concedeu a graça da salvação. Esta escolha não se baseia no simples mérito, ou na fé das pessoas que ele escolhe, mas se baseia em sua decisão soberana e incondicional, irrevogável e insondável. Isso não significa que a mesma salvação final é incondicional, mas que a condição em que assenta (fé) é concedida também pela graça de Deus, como seu presente para aqueles a quem Ele escolheu incondicionalmente.
Eleição incondicional, é uma doutrina do Calvinismo, e faz parte dos assim chamados Cinco pontos do calvinismo. Segundo essa doutrina, ao criar o mundo Deus escolheu algumas pessoas para a salvação, de acordo com seus próprios propósitos e sem levar em conta a virtude, mérito, ou fé nessas pessoas.
Esta doutrina foi, primeiramente, registrada na Confissão Belga (1561), reafirmada nos Cânones de Dort (1619) e está representada em várias confissões reformadas.
No Calvinismo, esta eleição é chamado de "incondicional" pois a sua escolha para salvar alguém não depende de qualquer coisa inerente à pessoa, de qualquer ato que a pessoa realize ou crença que a pessoa exerce. Com efeito, segundo a doutrina da Depravação total (o primeiro dos Cinco pontos do calvinismo), a influência do pecado foi tão grande no indivíduo que ninguém está disposto ou é capaz de vir ou seguir a Deus se Deus primeiro não regenerar o coração dessa pessoa, a fim de dar-lhe a capacidade de amá-lo. Assim, a escolha na eleição é baseada exclusivamente na vontade soberana de Deus e não mediante as ações previstas do homem. A posição reformada é combatida pela doutrina arminiana da eleição condicional, na qual a escolha de Deus para salvar uma pessoa é condicionada ao conhecimento divino dos eventos futuros, a saber, que alguns indivíduos exerceriam a fé e a confiança em resposta a oferta de salvação de Deus.
Expiação particular (ou Expiação Limitada)

Também chamada de "redenção particular" ou "redenção definida", significa a doutrina segundo a qual a obra redentora de Cristo foi apenas visando a salvação daqueles que têm sido alvo da graça da salvação. A eficácia salvífica do Cristo redentor, então, não é "universal" ou "potencialmente eficaz" para quem iria recebê-lo, mas especificamente designada para consolidar a salvação daqueles a quem Deus Pai escolheu desde antes da fundação do mundo. Os calvinistas não acreditam que a expiação é limitada em seu valor ou poder (se Deus o Pai quisesse, teria salvo todos os seres humanos sem excepção), mas sim que a expiação é limitada na medida em que foi destinada para alguns e não para todos.
A Expiação limitada ou particular é uma doutrina do Calvinismo que diz que Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade.Segundo esta doutrina, portanto, sua morte foi totalmente eficaz, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão a justiça de Deus, quando forem lançados no inferno, e todos aqueles pelos quais ele morreu serão salvos.

Vocação eficaz (ou Graça Irresistível)
Também conhecida como: "graça eficaz", esta doutrina ensina que a influência salvífica do Espírito Santo de Deus é irresistível, superando toda e qualquer resistência. Quando então, Deus soberanamente visa salvar alguém, o indivíduo não tem como resistir à essa graça da vida eterna com o próprio Deus.
Vocação eficaz ou graça irresistível é uma doutrina do Calvinismo segundo a qual a graça divina é irresistível para os crentes, isto é, o Espírito Santo acaba convencendo e infundindo a fé salvadora neles.
Segundo esta doutrina, portanto, Deus é soberano e pode sobrepujar qualquer resistência humana, mais especificamente a resistência humana à salvação. Pois, se a doutrina da depravação humana é verdadeira, o homem nunca teria fé a não ser que a isso fosse coagido.
Segundo a Confissão de Fé de Westminster, Deus salva os crentes "iluminando os seus entendimentos espiritualmente a fim de compreenderem as coisas de Deus para a salvação, tirando-lhes os seus corações de pedra e dando lhes corações de carne, renovando as suas vontades e determinando-as pela sua onipotência para aquilo que é bom e atraindo-os eficazmente a Jesus Cristo, mas de maneira que eles vêm mui livremente, sendo para isso dispostos pela sua graça".

Perseverança dos santos
Também conhecida como "preservação dos santos" ou "segurança eterna", este quinto ponto sugere que aqueles a quem Deus chamou para a salvação, e depois, à comunhão eterna com ele (" santos ", segundo a Bíblia) não podem cair em desgraça e perder sua salvação. Mesmo que, em suas vidas, o pecado os leve a renunciar à sua profissão de fé, eles (se eles são autênticos eleitos), mais cedo ou mais tarde, retornarão à comunhão com Deus. Essa doutrina é baseada na suposição de que a salvação é obra de Deus do começo ao fim, que Deus é fiel às Suas promessas, e que nada nem ninguém pode impedir Seus propósitos soberanos. Este conceito é ligeiramente diferente do conceito usado em algumas igrejas evangélicas, de "uma vez salvos - salvos para sempre", apesar da apostasia, a falta de arrependimento ou a permanência no pecado, desde que eles tiverem realmente aceito a Cristo no passado. No ensino tradicional calvinista, se uma pessoa cai em apostasia ou não mostra mais sinais de arrependimento genuíno, pode ser prova de que ele nunca foi realmente salvo, e, em seguida, que não fazia parte do número dos eleitos.
Perseverança (ou preservação) dos santos é uma doutrina do calvinismo, também conhecida como "eterna segurança". A doutrina afirma que, uma vez que Deus é soberano e Sua vontade não pode ser frustrada por seres humanos ou de qualquer outra maneira, aqueles a quem Deus tenha posto em comunhão com Ele continuarão na fé até ao fim. Aqueles que aparentemente caírem estarão em uma das duas hipóteses: ou nunca tiveram a fé verdadeira, ou irão certamente retornar à comunhão com Deus em algum momento adequado.

O acróstico TULIP em inglês coincide com a palavra tulipa, por este motivo, frequentemente a flor referida é utilizada como símbolo do Calvinismo.
Os Cinco Pontos do Calvinismo, (conhecidos pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês) são uma síntese dos cânones teológicos definidos no Sínodo de Dordrecht, no âmbito da disputa entre calvinistas e arminianos acerca das doutrinas da Graça e da Predestinação. Eles refletem a soteriologia típica do movimento calvinista, interpretando a natureza da graça de Deus na salvação da criatura humana. Seu eixo é a afirmação de que Deus é perfeitamente capaz de salvar cada pessoa que Ele tenha a intenção de tornar objeto de sua graça salvadora e que seu trabalho não pode ser frustrado por algo ou alguém que fique no caminho, na tentativa de impedir sua conclusão.
O calvinismo também defende uma Teologia Aliancista e os sacramentos como meio de graça, Santa Ceia e Batismo, incluindo o Batismo infantil. Calvino na sua principal obra, as Institutas diz: "Eis aqui por que Satanás se esforça tanto em privar nossas criaturas dos benefícios do batismo; Sua finalidade é que se esquecermos de testificar que o Senhor tem ordenado para confirmar as graças que ele quer nos conceder pouco a pouco vamos nos esquecendo das promessas que nos fez a respeito disto. De onde não só nasceria uma ímpia ingratidão para com a misericórdia de Deus, mas também a negligência de ensinarmos nossos filhos no temor do Senhor, e na disciplina da Lei e no conhecimento do Evangelho. Porque não é pequeno estimulo sabermos que educá-los na verdadeira piedade e obediência a Deus. E saber que desde seu nascimento foram recebidos no Senhor e em seu povo, fazendo-os membros de sua igreja." (CALVINO, 1999, p. 1069.) O calvinismo deveria ser austero e disciplinado, ou seja: As pessoas não tinham direito a excessos de luxo, e conforto, sem esbanjamento matriana.

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