Benjamin Franklin
Nasceu em Boston em 17 de janeiro de 1706 e faleceu na Filadélfia em 17
de abril de 1790 aos 84 anos de idade.
Religioso: Calvinista, e
uma figura representativa do iluminismo. Correspondeu-se com membros
da sociedade lunar e foi eleito membro da Royal Society.
O Calvinismo (também chamado de Tradição
Reformada, Fé Reformada ou Teologia Reformada) é tanto um
movimento religioso protestante quanto um sistema teológico bíblico
com raízes na Reforma iniciada por João
Calvino em Genebra no século XVI. A tradição Reformada foi
desenvolvida, ainda, por diversos outros teólogos como Martin
Bucer, Heinrich Bullinger,Pietro Martire Vermigli e Ulrico
Zuínglio. Apesar disso, a fé Reformada costuma levar o nome de Calvino, por ter
sido ele seu grande expoente. Atualmente, o termo também se refere às doutrinas
e práticas das Igrejas Reformadas . O sistema costuma ser sumarizado
através dos cinco pontos do calvinismo.
O calvinismo marca a segunda fase da Reforma Protestante, quando as
igrejas protestantes começaram a se formar, na seqüência da excomunhão de
Martinho Lutero da Igreja Católica romana. Neste sentido, o
calvinismo foi originalmente um movimento luterano. O próprio Calvino assinou a
confissão luterana de Augsburg de 1540. Por outro lado, a
influência de Calvino começou a fazer sentir-se na reforma Suíça, que não
foi Luterana, tendo seguido a orientação conferida por Ulrico Zuínglio.
Tornou-se evidente que a doutrina das igrejas reformadas tomava uma direção
independente da de Lutero, graças à influência de numerosos escritores e
reformadores, entre os quais João Calvino era o mais eminente, tendo por isso
esta doutrina tomado o nome de calvinismo.
Uma vez que tem múltiplos fundadores, o nome "calvinismo"
induz ligeiramente ao equívoco, ao pressupor que todas as doutrinas das igrejas
calvinistas se revejam nos escritos de João Calvino.
O nome aplica-se geralmente às
doutrinas protestantes, que não são luteranas, e que têm uma base comum nos
conceitos calvinistas, sendo normalmente ligadas a igrejas nacionais de países
protestantes, conhecidas como igrejas reformadas, ou a movimentos minoritários
de reforma protestante.
O acróstico TULIP em inglês coincide com a palavra tulipa, por este
motivo, frequentemente a flor referida é utilizada como símbolo do Calvinismo.
Os Cinco Pontos do Calvinismo, (conhecidos
pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês) são
uma síntese dos cânones teológicos definidos no Sínodo de Dordrecht, no
âmbito da disputa entre calvinistas e arminianos acerca das doutrinas da Graça
e da Predestinação. Eles refletem a soteriologia típica do
movimento calvinista, interpretando a natureza da graça de Deus na
salvação da criatura humana. Seu eixo é a afirmação de que Deus é perfeitamente
capaz de salvar cada pessoa que Ele tenha a intenção de tornar objeto de sua
graça salvadora e que seu trabalho não pode ser frustrado por algo ou alguém
que fique no caminho, na tentativa de impedir sua conclusão.
Em Inglês
|
Tradução Livre
|
T - Total
Depravity
|
Depravação Total
|
U -
Unconditional Election
|
Eleição
Incondicional
|
L - Limited
Atonement
|
Expiação Limitada
|
I -
Irresistible Grace
|
Graça
Irresistível
|
P - Perseverance of the Saints
|
Perseverança dos
Santos
|
·
Depravação total - Graça Soberana Necessitada;
·
Eleição incondicional - Graça Soberana
Específica;
·
Expiação limitada - Graça Soberana Meritória;
·
Vocação eficaz - Graça Soberana Eficaz.
·
Perseverança dos santos - Graça Soberana
Perseverante
Os cinco pontos do Calvinismo ao contrário do que se deduz pelo senso
comum não foram feitos por Calvino e sim a partir de uma contra-argumentação ao
protesto que os seguidores de Jacobus Arminius (um professor de
seminário holandês) apresentaram ao “Estado da Holanda” em Julho de 1610, um
ano após a morte de seu líder. O protesto consistia de “cinco artigos de fé”,
baseados nos ensinos de Armínio, e ficou conhecido na história como a
“Remonstrance”, ou seja, “O Protesto”. O partido arminiano insistia que os
símbolos oficiais de doutrina das Igrejas da Holanda, fizeram com que editassem
a calvinaria.
(Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg) fossem mudados para se
conformar com os pontos de vista doutrinários contidos no Protesto. As doutrinas
às quais os arminianos fizeram objeção eram as relacionadas com a soberania
divina, a inabilidade humana, a eleição incondicional ou predestinação, a
redenção particular (ou expiação limitada), a graça irresistível (chamada
eficaz) e a perseverança dos santos. Essas são doutrinas ensinadas nesses
símbolos da Igreja Holandesa, e os arminianos queriam que elas fossem revistas.
Esses Cinco Pontos são:
Depravação total do homem
Também chamada de "depravação radical", "corrupção
total" e "incapacidade total". Indica que toda criatura humana,
em sua condição atual, ou seja, após a queda, é caracterizada pelo pecado, que
a corrompe e contamina, incluindo a mente. Por isso, afirma-se que ninguém é
capaz de realizar o que é verdadeiramente bom aos olhos de Deus. Em
contrapartida, o ser humano é escravo do pecado, por natureza hostil e rebelde
para com Deus, espiritualmente cego para a verdade, incapaz de salvar a si
mesmo ou até mesmo de se preparar para a salvação. Só a intervenção direta de
Deus pode mudar esta situação.
A depravação total é uma doutrina teológica derivada do
conceito agostiniano de pecado original. Segundo esta doutrina,
o homem não regenerado é absolutamente escravo do pecado. Em virtude
disto, ele é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente para
salvar-se. Assim, no que diz respeito à salvação, este homem depende da
obra de Deus, que deve vivificá-lo a fim de que este possa ser salvo.
É amplamente defendida por várias correntes teológicas, entre elas
o arminianismo , calvinismo, luteranismo e metodismo.
Eleição incondicional
Eleição significa "escolha". É a escolha feita por Deus desde
toda a eternidade, daqueles a quem ele concedeu a graça da salvação. Esta
escolha não se baseia no simples mérito, ou na fé das pessoas que ele escolhe,
mas se baseia em sua decisão soberana e incondicional, irrevogável e
insondável. Isso não significa que a mesma salvação final é incondicional, mas
que a condição em que assenta (fé) é concedida também pela graça de Deus, como
seu presente para aqueles a quem Ele escolheu incondicionalmente.
Eleição incondicional, é uma doutrina do Calvinismo, e faz parte
dos assim chamados Cinco pontos do calvinismo. Segundo essa doutrina,
ao criar o mundo Deus escolheu algumas pessoas para a salvação, de acordo
com seus próprios propósitos e sem levar em conta a virtude, mérito, ou fé
nessas pessoas.
Esta doutrina foi, primeiramente, registrada na Confissão
Belga (1561), reafirmada nos Cânones de Dort (1619) e está
representada em várias confissões reformadas.
No Calvinismo, esta eleição é
chamado de "incondicional" pois a sua escolha para salvar
alguém não depende de qualquer coisa inerente à pessoa, de qualquer ato que a
pessoa realize ou crença que a pessoa exerce. Com efeito, segundo a doutrina
da Depravação total (o primeiro dos Cinco pontos do calvinismo),
a influência do pecado foi tão grande no indivíduo que ninguém está disposto ou
é capaz de vir ou seguir a Deus se Deus primeiro
não regenerar o coração dessa pessoa, a fim de dar-lhe a capacidade
de amá-lo. Assim, a escolha na eleição é baseada exclusivamente na vontade
soberana de Deus e não mediante as ações previstas do homem. A posição
reformada é combatida pela doutrina arminiana da eleição
condicional, na qual a escolha de Deus para salvar uma pessoa é condicionada ao
conhecimento divino dos eventos futuros, a saber, que alguns indivíduos
exerceriam a fé e a confiança em resposta a oferta de salvação de Deus.
Expiação particular (ou Expiação Limitada)
Também chamada de "redenção particular" ou "redenção definida",
significa a doutrina segundo a qual a obra redentora de Cristo foi apenas
visando a salvação daqueles que têm sido alvo da graça da salvação. A eficácia
salvífica do Cristo redentor, então, não é "universal" ou
"potencialmente eficaz" para quem iria recebê-lo, mas especificamente
designada para consolidar a salvação daqueles a quem Deus Pai escolheu desde
antes da fundação do mundo. Os calvinistas não acreditam que a expiação é
limitada em seu valor ou poder (se Deus o Pai quisesse, teria salvo todos os
seres humanos sem excepção), mas sim que a expiação é limitada na medida em que
foi destinada para alguns e não para todos.
A Expiação limitada ou particular é uma
doutrina do Calvinismo que diz que Cristo morreu para
salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde
toda a eternidade.Segundo esta doutrina, portanto, sua morte foi totalmente
eficaz, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão
a justiça de Deus, quando forem lançados no inferno, e
todos aqueles pelos quais ele morreu serão salvos.
Vocação eficaz (ou Graça Irresistível)
Também conhecida como: "graça eficaz", esta doutrina ensina
que a influência salvífica do Espírito Santo de Deus é irresistível, superando
toda e qualquer resistência. Quando então, Deus soberanamente visa salvar
alguém, o indivíduo não tem como resistir à essa graça da vida eterna com o
próprio Deus.
Vocação eficaz ou graça irresistível é uma doutrina
do Calvinismo segundo a qual a graça divina é irresistível
para os crentes, isto é, o Espírito Santo acaba convencendo e
infundindo a fé salvadora neles.
Segundo esta doutrina, portanto, Deus é soberano e pode sobrepujar
qualquer resistência humana, mais especificamente a resistência humana à
salvação. Pois, se a doutrina da depravação humana é verdadeira, o
homem nunca teria fé a não ser que a isso fosse coagido.
Segundo a Confissão de Fé de Westminster, Deus salva os
crentes "iluminando os seus entendimentos espiritualmente a fim de
compreenderem as coisas de Deus para a salvação, tirando-lhes os seus corações
de pedra e dando lhes corações de carne, renovando as suas vontades e
determinando-as pela sua onipotência para aquilo que é bom e atraindo-os
eficazmente a Jesus Cristo, mas de maneira que eles vêm mui livremente, sendo
para isso dispostos pela sua graça".
Perseverança dos santos
Também conhecida como "preservação dos santos" ou
"segurança eterna", este quinto ponto sugere que aqueles a quem Deus
chamou para a salvação, e depois, à comunhão eterna com ele (" santos
", segundo a Bíblia) não podem cair em desgraça e perder sua salvação.
Mesmo que, em suas vidas, o pecado os leve a renunciar à sua profissão de fé,
eles (se eles são autênticos eleitos), mais cedo ou mais tarde, retornarão à
comunhão com Deus. Essa doutrina é baseada na suposição de que a salvação é
obra de Deus do começo ao fim, que Deus é fiel às Suas promessas, e que nada
nem ninguém pode impedir Seus propósitos soberanos. Este conceito é
ligeiramente diferente do conceito usado em algumas igrejas evangélicas, de
"uma vez salvos - salvos para sempre", apesar da apostasia, a falta
de arrependimento ou a permanência no pecado, desde que eles tiverem realmente
aceito a Cristo no passado. No ensino tradicional calvinista, se uma pessoa cai
em apostasia ou não mostra mais sinais de arrependimento genuíno, pode ser
prova de que ele nunca foi realmente salvo, e, em seguida, que não fazia parte
do número dos eleitos.
Perseverança (ou preservação) dos santos é uma doutrina
do calvinismo, também conhecida como "eterna segurança". A
doutrina afirma que, uma vez que Deus é soberano e Sua
vontade não pode ser frustrada por seres humanos ou de qualquer outra maneira,
aqueles a quem Deus tenha posto em comunhão com Ele continuarão na fé até ao
fim. Aqueles que aparentemente caírem estarão em uma das duas hipóteses: ou
nunca tiveram a fé verdadeira, ou irão certamente retornar à comunhão
com Deus em algum momento adequado.
O acróstico TULIP em inglês coincide com a palavra tulipa, por este
motivo, frequentemente a flor referida é utilizada como símbolo do Calvinismo.
Os Cinco Pontos do Calvinismo, (conhecidos
pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês) são
uma síntese dos cânones teológicos definidos no Sínodo de Dordrecht, no
âmbito da disputa entre calvinistas e arminianos acerca das doutrinas da Graça
e da Predestinação. Eles refletem a soteriologia típica do
movimento calvinista, interpretando a natureza da graça de Deus na
salvação da criatura humana. Seu eixo é a afirmação de que Deus é perfeitamente
capaz de salvar cada pessoa que Ele tenha a intenção de tornar objeto de sua
graça salvadora e que seu trabalho não pode ser frustrado por algo ou alguém
que fique no caminho, na tentativa de impedir sua conclusão.
O calvinismo também defende uma Teologia Aliancista e os sacramentos
como meio de graça, Santa Ceia e Batismo, incluindo o Batismo infantil. Calvino
na sua principal obra, as Institutas diz: "Eis aqui por que Satanás se esforça tanto em privar nossas
criaturas dos benefícios do batismo; Sua finalidade é que se esquecermos de
testificar que o Senhor tem ordenado para confirmar as graças que ele quer nos
conceder pouco a pouco vamos nos esquecendo das promessas que nos fez a
respeito disto. De onde não só nasceria uma ímpia ingratidão para com a
misericórdia de Deus, mas também a negligência de ensinarmos nossos filhos no
temor do Senhor, e na disciplina da Lei e no conhecimento do Evangelho. Porque
não é pequeno estimulo sabermos que educá-los na verdadeira piedade e
obediência a Deus. E saber que desde seu nascimento foram recebidos no Senhor e
em seu povo, fazendo-os membros de sua igreja." (CALVINO, 1999,
p. 1069.) O calvinismo
deveria ser austero e disciplinado, ou seja: As pessoas não tinham direito a
excessos de luxo, e conforto, sem esbanjamento matriana.
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